terça-feira, 28 de novembro de 2017

Contra a desonestidade intelectual





Stefano Rellandini/Reuters

[Secção pensamentos soltos] Tenho dificuldade com polémicas. Em geral, surgem de incompreensão, desconhecimento e fazem sempre mal. Como a seu tempo escrevi, incomodou-me bastante a atitude do grupo que publicou a “Correcção Filial” ao Papa Francisco, acusando-o de herege. Não sou apologista de se aceitar tudo cegamente. Nem o Papa quer ser idolatrado. Ele conhece bem o mandamento “Amar a Deus sobre todas as coisas”. No entanto, quando há desonestidade intelectual, há que denunciar. Fazer uma lista de signatários onde constam nomes à revelia da própria pessoa ou de pessoas fictícias, mostra o quanto não se está a pensar no bem da Igreja, mas numa posição fundamentalista da realidade. É verdade que se quer um deus à medida, também passo pela tentação, mas, por favor, não o imponham a ninguém por caminhos sinuosos. Releiam, com calma, o Evangelho, em especial detenham-se na Paixão. Verão que quem condenou Jesus à morte foram os que queriam um deus à medida dos seus desejos de poder e separação. Não aguentavam a certeza da universalidade de Deus, nesse Seu Amor, único, em especial pelos rejeitados. 


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