domingo, 19 de fevereiro de 2017

Reconciliação




Kátia Viola


[Coisas na vida de um padre] Há leituras e vidas que me fazem muito eco. Ficam a flutuar no pensamento e no coração, nesse desejo de realização, de concretização, de consistência, de que nos possamos comprometer a caminhar no sentido da reconciliação, onde podemos dar a outra face, mostrando diferentes perspectivas no amor aos inimigos. Não é gostar deles, nem tomar café com quem não se estabelece relação, mas, mostra-se que não se deseja a morte e combate-se o mal com o bem. Isto é caminho de vida. Afinal, como templo do Espírito que sou, que somos, os gestos transparecem a imagem e a semelhança de que somos feitos. Quero que os meus gestos encarnem reconciliação. Desejando que todos se aproximem do altar onde Deus se faz presente em mistério de entrega, na celebração da missa de hoje convidei as pessoas, que seja qual for o motivo não comungam, a se aproximar do altar… e dei-lhes a benção. Nos olhares, houve encontro. Nas despedidas, emoção e agradecimento… de parte-a-parte. Antes de desparamentar-me, dirigi-me ao Santíssimo e agradeci, mais uma vez, a vocação de reconciliar.

1 comentário:

  1. "Se desejamos um mundo diferente, tem de haver (muitos) gestos como esse. obrigado por nos mostrar como podemos participar." Por Rosa.

    Este comentário foi deixado num post igual a este que eliminei. Republiquei e aqui fica.

    Obrigado Rosa. Acredito no Deus que aproxima e deseja a aproximação.

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