sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

presente da humanidade




Yudith’s Journal


[Secção desabafos] Vi ontem um vídeo que continua a atravessar-me o pensamento.  Não o partilho propositadamente. Foi publicado numa página de armas, como exemplo de maravilhamento na recepção de um presente de aniversário. Aqui começa a primeira agitação. Mas, a grande, é ver a emoção de uma criança, entre os 10 e os 12 anos, quando recebe uma espingarda xpto. Não é de brincar. É uma espingarda que disparará tiros reais… que podem matar. A criança, com ar inocente próprio da idade, emociona-se ao receber o presente da vida. Em muito, as crianças são reflexo do que as rodeia. “Childern see, children do” [as crianças vêem, as crianças fazem] foi um spot publicitário que surgiu há tempos para alertar os pais em como a educação passa pela imitação. É assustador pensar que uma criança possa ter, como se fosse o mais natural da vida, uma arma como presente. Gostava de pensar que este seria um caso isolado, mas, pelos comentários, havia quem defendesse e achasse normal. Para mim, o normal, é que se presenteie as crianças, mais do que com coisas, de forma especial com tempo, atenção e orientação. Elas aprendem mais com o que somos, as nossas atitudes, que com o que lhes dizemos. Como tantas vezes repito, elas (no fundo, todos nós) não são (somos) o futuro, mas o presente da humanidade.

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